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Pequena reflexom sobre normalizaçom linguística e a "polícia da língua".

 Escrevo isto no 24 de julho, véspera do dia Pátria, dia muito importante para todas as pessoas que queremos este País e arelamos umha Galiza melhor, umha Galiza livre e soberana. No nosso caso, o grande elemento comum que une e consolida a vontade de sermos por nós próprias é a língua. Por isso é um dia adequado para refletir sobre a nossa língua. Para começar, devemos reconhecer a situaçom linguística na Galiza: o galego é umha língua minorizada e até minoritária no nosso País, onde nasceu e desde onde se foi estendendo cara o Sul e depois se estendeu polo mundo através das colónias portuguesas. Esta minorizaçom e subordinaçom respeito do espanhol afeta nom só à extensom do seu uso na Galiza, senom à própria qualidade linguística do galego que escrevemos e, sobretodo, falamos. Devemos reconhecer que o galego atual está cheio de formas e estruturas espanholas, desde o léxico, até a gramática, além da perda de qualidade da nossa fonética, especialmente a nível urbano. Partindo do recon

Socialismo e legalidade.

 Com o galho do 50 aniversário, no dia de amanhã, do golpe de Estado em Chile, que véu dar cabo da experiência de governo da Unidade Popular, que foi umha experiência socialista no marco da legalidade burguesa, convém refletir sobre a relaçom entre socialismo e legalidade.  No século XX, demonstrou-se muitas vezes que a burguesia nom permite a realizaçom de políticas públicas que ameacem o seu poder e recorre á violência para evitar transformaçons profundas na sociedade. Isto converte a via pacífica e institucional ao socialismo em complexa e quase impossível. Isto fai que a política institucional seja umha ferramenta política mais para o proletariado e o conjunto das camadas oprimidas da sociedade, mas nom o caminho central para a sua emancipaçom. Isto demonstrou-se no Estado espanhol no 36, na Nicarágua impedindo-se o desenvolvemento da Revoluçom sandinista, no próprio Chile, em Haiti em 1991, entre outros muitos exemplos. Também houvo exemplos no século XXI em países como Venezuela,

Estado espanhol e plurinacionalidade: impossibilidade e alternativas viáveis.

 Com a proposta do lehendakari Urkullu de constituir umha convençom constitucional sobre o modelo de Estado abre-se um debate sobre a constitucionalidade de dotar de mais competências e direitos nacionais ás naçons negadas polo Estado espanhol. Os seitores mais abertamente reacionários do espanholismo negam qualquer possível interpretaçom aberta da Constituiçom espanhola enquanto ás "nacionalidades e regions". Os seitores mais progressistas das forças espanholistas e os moderados dos nacionalismos de naçom oprimida defendem a necessidade de umha interpretaçom aberta, realista e progressista da Constituiçom espanhola que permita a plurinacionalidade do Estado. Tendo em conta a conformaçom do regime espanhol e a condiçom constitucional do Tribunal Constitucional como único intérprete desta, parece tam improvável a possibilidade de haver maiorias para umha reforma constitucional como para o reconhecimento da plurinacionalidade do Estado espanhol. É necessário sermos conscientes

Em defesa do nacionalismo.

Antes de mais, se esperas encontrar umha defesa abstrata do nacionalismo e umha minorizaçom doutros problemas sociais surgidos da divisom da sociedade em classes e da opressom das mulheres, o racismo e outro tipo de opressons, este nom é o teu texto. Para começar é preciso definirmos o que é nacionalismo: defesa da existência de umha naçom e fazer dos seus direitos como tal um objeto fundamental de um programa político. O nacionalismo político é o único pleno, pois a mera existência de umha cultura nom é suficiente para articular um sujeito nacional. De fato, existem exemplos da mesma cultura dividida em diversas naçons, como é o caso da cultura curda ou a russa, por exemplo. E da defesa dos direitos nacionais surge o nacionalismo. Convém diferenciar entre o nacionalismo de naçom opressora e o de naçom oprimida, ou de naçom grande e naçom pequena como dizia Lenine. O nacionalismo de naçom oprimida tem, seguindo ao mesmo autor e dirigente político marxista, um conteúdo democrático ger

Sobre a guerra na Ucrânia.

Ontem, 24 de fevereiro do 2023, completava-se um ano do começo da intervençom russa na guerra na Ucrânia. Esta guerra foi começada no 2014 com o golpe de Estado do Maidan, apoiado polo imperialismo ianque e seus sócios europeus. Portanto, esta nom é umha guerra da Federaçom Russa contra Ucrânia, senom umha guerra do bloco imperialista da NATO contra a Federaçom Russa, empregando como arma o regime reacionário e filo-fascista de Kiev, com o governo Zelenski á frente, em chão ucraniano e com o povo ucraniano, especialmente os povos russófilos da Ucrânia como reféns. Desde um ponto de vista de esquerdas e antiimperialista, é compreensível e era necessária a intervençom russa para parar o genocídio no Donbass. Orabem, a guerra sempre a pagam os povos e a classe trabalhadora, polo que é preciso que se produza um final o mais rápido possível com um acordo razoável e que aporte segurança aos povos. As bases deste acordo podem ser debatidas, a proposta chinesa é um contributo positivo nesse se

O caráter da opressom na Galiza.

Existe certo consenso na esquerda, com a exceçom de certos seitores minoritários, da existência de opressom cultural e lingüística na Galiza. A existência desta negaçom e minorizaçom da cultura galega é evidente. Mas, é de tipo unicamente cultural a opressom sofrida por Galiza? A resposta é, ao meu ver claramente, um rotundo nom. E nom se trata de umha questom menor, pois certo seitor da esquerda, que chamaria de espanholista pluralista, encontra-se muito cómoda neste reconhecimento meramente cultural de particularidade da Galiza. Mas, como nacionalista e independentista galego, nom é esta minha perspetiva. Galiza sofre opressom nacional num senso pleno, e esta é política num senso integral, abrangendo o puramente político, o económico, o social e o cultural. Neste ponto é onde existe divergência entre a esquerda espanholista pluralista e o nosso soberanismo. Galiza é umha naçom, nom só cultural, senom também política, que carece de soberania em todos os âmbitos, sendo portanto umha na

O preço da eletricidade e o IVA.

Para começar quero deixar claro que considero a eletricidade um bem de primeira necessidade e toda a reflexom que segue está baseada neste princípio. Portanto, acho que deveria ser um bem público e jamais estar em mãos privadas e sujeito ao critério do lucro privado, mas dita perspetiva nom é realista no Estado espanhol atualmente, devido á correlaçom de forças. Orabem, também nom é razoável que sejam empresas privadas quem determinam o preço da energia elétrica sem quase nengum controlo. A soluçom ao problema do excessivo preço da eletricidade vém pola valentia política e a intervençom pública no preço, através da regulaçom ou da participaçom neste mercado com a criaçom de umha empresa pública que compita com as energéticas privadas. Mas os impostos também som parte do custo para as famílias das classes populares da energia elétrica. E o IVA é muito importante entre estes, ao ser muito alto até agora e ser um imposto injusto ao ser indireto e lineal, portanto o oposto á desejável prog