Em defesa do nacionalismo.

Antes de mais, se esperas encontrar umha defesa abstrata do nacionalismo e umha minorizaçom doutros problemas sociais surgidos da divisom da sociedade em classes e da opressom das mulheres, o racismo e outro tipo de opressons, este nom é o teu texto.

Para começar é preciso definirmos o que é nacionalismo: defesa da existência de umha naçom e fazer dos seus direitos como tal um objeto fundamental de um programa político. O nacionalismo político é o único pleno, pois a mera existência de umha cultura nom é suficiente para articular um sujeito nacional. De fato, existem exemplos da mesma cultura dividida em diversas naçons, como é o caso da cultura curda ou a russa, por exemplo. E da defesa dos direitos nacionais surge o nacionalismo.
Convém diferenciar entre o nacionalismo de naçom opressora e o de naçom oprimida, ou de naçom grande e naçom pequena como dizia Lenine. O nacionalismo de naçom oprimida tem, seguindo ao mesmo autor e dirigente político marxista, um conteúdo democrático geral que merece apoio. Isto é o que vincula o nacionalismo das oprimidas com o internacionalismo, pois este supóm a ausência de opressom nacional. Esta divisom é fundamental, nom é o mesmo defender a soberania da tua própria naçom e seu relacionamento com as outras em igualdade que o domínio e superioridade da tua sobre as demais naçons.
Depois destas necessárias observaçons de tipo geral, convém achegarmo-nos á realidade concreta da Galiza. Existem no nosso país dous projetos nacionais diferentes: o galego e o espanhol, correspondentes com os respetivos nacionalismos. O nacionalismo galego é de afirmaçom soberanista da naçom pequena e oprimida, sendo o nacionalismo espanhol opressor e negador da realidade nacional galega. Esta realidade nacional está baseada nos elementos habituais de tipo histórico, cultural, económico ou político e reconhecida juridicamente no Estatuto de Autonomia da Galiza sob a denominaçom de "nacionalidade histórica". Nom é o nosso nacionalismo baseado na ideia da superioridade sobre outros povos, bem do Estado espanhol, bem do mundo, senom na conviçom de sermos mais um povo com plenos direitos políticos iguais aos que merecem todos os povos do mundo, nem mais nem menos.
Para finalizar, umha precisom sobre a construçom de classe do nosso nacionalismo. Ao nom existir na Galiza umha burguesia com consciência própria que poda contribuír na construçom nacional, senom umha burguesia intermediária plenamente integrada na oligarquia espanhola, com um papel geralmente subalterno.  Por isto, o nacionalismo burguês galego nom costuma superar meras tentativas voluntaristas sem base sólida. Como consequência disto e do caráter oligárquico do nacionalismo de Estado espanhol, surge na década dos 60's do século passado o nacionalismo galego contemporáneo, de caráter popular e com importante participaçom do movimento operário, que se pode observar no papel do sindicato nacionalista , a CIG, como principal sindicato no País.
Em conclusom, o nacionalismo pode ser muitas cousas, mas em certos contextos é imprescindível como ferramenta de libertaçom e unificaçom dos povos frente aos seus opressores.

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