Pequena reflexom sobre normalizaçom linguística e a "polícia da língua".
Escrevo isto no 24 de julho, véspera do dia Pátria, dia muito importante para todas as pessoas que queremos este País e arelamos umha Galiza melhor, umha Galiza livre e soberana. No nosso caso, o grande elemento comum que une e consolida a vontade de sermos por nós próprias é a língua. Por isso é um dia adequado para refletir sobre a nossa língua. Para começar, devemos reconhecer a situaçom linguística na Galiza: o galego é umha língua minorizada e até minoritária no nosso País, onde nasceu e desde onde se foi estendendo cara o Sul e depois se estendeu polo mundo através das colónias portuguesas. Esta minorizaçom e subordinaçom respeito do espanhol afeta nom só à extensom do seu uso na Galiza, senom à própria qualidade linguística do galego que escrevemos e, sobretodo, falamos. Devemos reconhecer que o galego atual está cheio de formas e estruturas espanholas, desde o léxico, até a gramática, além da perda de qualidade da nossa fonética, especialmente a nível urbano. Partindo do reconhecimento desta realidade, convém tentar resolver esta problemática de maneira favorável à língua e sociedade galegas. Também é muito importante reconhecer o caráter coletivo do problema, para sermos capazes de encarar coletivamente as possíveis soluçons. Portanto, a melhora da situaçom do galego será fundamentalmente coletiva, e portanto, política, mas individualmente podemos reforçar às organizaçons e entidades em defesa da nossa língua, assim como, partindo do reconhecimento da progressiva deterioraçom da nossa língua, tentar melhorar a nossa qualidade linguística. Porque, apesar do que di o tópico, o único galego mal falado nom é o que nom se fala, senom também o que está tam cheio de formas e estruturas espanholas que o desfiguram. Quer dizer isto que acho correito andar julgando as pessoas por como escrevem e falam? Nom, claro que nom. Mas, e isto talvez seja polémico, também acho errado orgulhar-se dum galego deturpado pola sua subordinaçom ao espanhol. Quero dizer, sendo o mais importante, reforçarmos as forças coletivas que defendem a nossa língua, também é preciso tentar cuidarmos a língua no nosso uso individual, assim como tê-la de língua preferente e nom renunciarmos a ela em contextos tanto formais como informais. Por último, acho o termo "polícia da língua" um pouco injusto com as pessoas que corrigem outras, pois entre todas e todos acho que podemos aprender para melhorarmos o nosso galego, sempre evitando desqualificaçons como chamar a um galego com formas espanholas de "castrapo".
Aclaraçom final: pido desculpas por entrar nesta polémica sem ser lingüista nem filólogo, mas acho um tema importante a ser abordado de diversos pontos de vista e nom só por especialistas.
Comentarios
Publicar un comentario