Estado espanhol e plurinacionalidade: impossibilidade e alternativas viáveis.
Com a proposta do lehendakari Urkullu de constituir umha convençom constitucional sobre o modelo de Estado abre-se um debate sobre a constitucionalidade de dotar de mais competências e direitos nacionais ás naçons negadas polo Estado espanhol. Os seitores mais abertamente reacionários do espanholismo negam qualquer possível interpretaçom aberta da Constituiçom espanhola enquanto ás "nacionalidades e regions". Os seitores mais progressistas das forças espanholistas e os moderados dos nacionalismos de naçom oprimida defendem a necessidade de umha interpretaçom aberta, realista e progressista da Constituiçom espanhola que permita a plurinacionalidade do Estado. Tendo em conta a conformaçom do regime espanhol e a condiçom constitucional do Tribunal Constitucional como único intérprete desta, parece tam improvável a possibilidade de haver maiorias para umha reforma constitucional como para o reconhecimento da plurinacionalidade do Estado espanhol. É necessário sermos conscientes de várias cousas: as condiçons políticas de terror á involuçom fascista em que foi feita a denominada transiçom política espanhola e o pacto desigual que supuxo a Constituiçom do 78, o qual fai que a política espanhola atual se desenvolva em condiçons tam desfavoráveis para a esquerda e qualquer força política seriamente democrática e progressista. Por isto, considero politicamente inviável a proposta de fazer do Estado espanhol um estado plurinacional, tanto com como sem reforma constitucional. A Constituiçom espanhola do 78 consagra a condiçom do Estado espanhol como cárcere de povos. E digo consagra e nom estabelece propositadamente, pois a construçom nacional espanhola é baseada na negaçom das naçons históricas que o Estado ocupa, sendo esta consequência da construçom do Estado liberal no século XIX, mas que afunde as suas raízes na velha política assimilista do Reino de Castela. Perante esta situaçom, a única soluçom para os povos sob jugo espanhol é o exercício soberano do seu direito de autodeterminaçom que só pode ser conquistado desde a auto-organizaçom nacional e o combate ao atual regime espanhol desde a plena independência dos povos, mas também da unidade e coordenaçom na luita pola libertaçom nacional e o internacionalismo proletário, que permite manter a unidade de classe por cima de antagonismos nacionais. Na Galiza contamos com um nacionalismo de base marxista com sólidas raízes ideológicas e importante imbricaçom na sociedade galega e firme no seu anti-imperialismo. O caminho é muito complexo, mas nom há atalhos. Nom importa que a soluçom final seja a independência, a que acho mais compatível com a situaçom, ou a livre uniom dos povos, mas só com firmeza soberanista, flexibilidade tática, unidade e independência de classe e fortes movimentos populares pode chegar-se á liberdade dos povos sob jugo espanhol.
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