O preço da eletricidade e o IVA.

Para começar quero deixar claro que considero a eletricidade um bem de primeira necessidade e toda a reflexom que segue está baseada neste princípio. Portanto, acho que deveria ser um bem público e jamais estar em mãos privadas e sujeito ao critério do lucro privado, mas dita perspetiva nom é realista no Estado espanhol atualmente, devido á correlaçom de forças. Orabem, também nom é razoável que sejam empresas privadas quem determinam o preço da energia elétrica sem quase nengum controlo. A soluçom ao problema do excessivo preço da eletricidade vém pola valentia política e a intervençom pública no preço, através da regulaçom ou da participaçom neste mercado com a criaçom de umha empresa pública que compita com as energéticas privadas. Mas os impostos também som parte do custo para as famílias das classes populares da energia elétrica. E o IVA é muito importante entre estes, ao ser muito alto até agora e ser um imposto injusto ao ser indireto e lineal, portanto o oposto á desejável progressividade e justiça fiscal. Nesse senso, a baixada parece-me positiva, mas insuficiente, pois deveria ser ao 4% em vez de ao 10%, por tratar-se de um bem de primeira necessidade. O problema principal da medida é a oportunidade. Neste momento em que a sociedade apoiaria qualquer medida contra os abusos das energéticas privadas e que o Estado precisa mais que nunca de ingressos públicos, chama a atençom que o governo espanhol prefira reduzir os ingressos públicos antes do que o lucro privado. Seria especialmente grave se nom se estabelecem medidas fiscais progressivas que compensem esta baixada do IVA elétrico. Por último, assinalar também a injustiça que se comete sistematicamente com Galiza sendo produtora neta e continuar pagando o transporte da energia ao tempo que se assumem os custos meio-ambientais e sociais desta situaçom, sendo isto prejudicial para as economias familiares e a competitividade da economia galega.

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